Um fato extremamente curioso vem chamando a atenção no Cemitério do Socorro em Juazeiro do Norte-CE. Desde que Francisca Teles de Oliveira faleceu e ali foi sepultada, o seu cachorro jamais abandonou o jazigo da dona. É a verdadeira expressão de uma amizade eterna construída na relação do dia a dia entre ser humano e animal. Na tarde do dia 5 de março, em uma das ruas do bairro Romeirão, o vai e vem dos parentes e amigos anunciavam a morte de Dona Francisca.
Em um canto de parede e olhando o entra e sai das pessoas no imóvel, o animal parecia entender tudo que se passava ao derredor e já não conseguia esconder a tristeza. O sentimento de separação com a partida da mulher não era nutrido pelo cachorro. É como se tivesse havido juras de uma união eterna entre os dois e o cão estava disposto a cumprir, pois "os brutos também amam" como cantou Agnaldo Timóteo em uma de suas canções.
Já Dona Francisca nunca escondeu a crença de que "o cão é o melhor amigo do homem". Por isso, ali se manteve ao lado do caixão. Quando este foi coberto e retirado da sala, o animal se levantou e saiu acompanhando o cortejo para surpresa de todos pela enorme demonstração de fidelidade à sua dona. O cão acompanhou a missa de corpo presente na capela mortuária do Cemitério do Socorro e foi ver o sepultamento sempre com o olhar atento a tudo, mas sem o mesmo brilho de antes. Alguns já se retiravam do local, enquanto os coveiros atiravam a última pá de terra e depositava sobre o túmulo uma coroa de flores. Surpresa maior foi à permanência do animal, o único que não se retirou e permanece até hoje quase dois meses depois. De lá para cá um só ritual. Durante a manhã inteira, o cachorro fica deitado ao lado do túmulo da sua melhor amiga sem os afagos de antes, mas, talvez, a crença de que ainda os terão.
Quando o sol esquenta, ele sai um pouco em busca de sombra na capela mortuária. Quem mora perto já sentiu o sofrimento daquele cão que abriu mão de um lar e optou por morar no cemitério. As pessoas, comovidas com a situação, oferecem água e alimentos e até já o rebatizaram dando-lhe o nome de "Poró". Sentindo a temperatura baixar e já estando alimentado, é hora de voltar para pertinho da sua dona e assim o faz para ali deitar e sentir o calor como se fora de Dona Francisca.
Da proximidade com o jazigo não sai mais e fica a noite inteira "dividindo" com a dona a temperatura amena e o silêncio da madrugada que invade o campo santo. O diretor do cemitério, Mailson de Souza, chama a atenção ainda para o fato do animal sempre se aproximar dos caixões que chegam à capela para sepultamento. Ele se aproxima, cheira e retorna para o seu lugar de origem.
As pessoas que moram perto aproveitaram a reportagem do Site Miséria para dirigir um apelo no sentido de que a carrocinha do Centro de Zoonoses jamais leve o animal das imediações do túmulo local que escolheu para viver até a morte pertinho de Dona Francisca. Afinal, ele ganhou um novo nome, descobriu gente solidária, recebe alimentos e água, mas não quer um novo dono, pois será eternamente da mulher que ali está sepultada.
Fonte: Portal Miséria
Em um canto de parede e olhando o entra e sai das pessoas no imóvel, o animal parecia entender tudo que se passava ao derredor e já não conseguia esconder a tristeza. O sentimento de separação com a partida da mulher não era nutrido pelo cachorro. É como se tivesse havido juras de uma união eterna entre os dois e o cão estava disposto a cumprir, pois "os brutos também amam" como cantou Agnaldo Timóteo em uma de suas canções.
Já Dona Francisca nunca escondeu a crença de que "o cão é o melhor amigo do homem". Por isso, ali se manteve ao lado do caixão. Quando este foi coberto e retirado da sala, o animal se levantou e saiu acompanhando o cortejo para surpresa de todos pela enorme demonstração de fidelidade à sua dona. O cão acompanhou a missa de corpo presente na capela mortuária do Cemitério do Socorro e foi ver o sepultamento sempre com o olhar atento a tudo, mas sem o mesmo brilho de antes. Alguns já se retiravam do local, enquanto os coveiros atiravam a última pá de terra e depositava sobre o túmulo uma coroa de flores. Surpresa maior foi à permanência do animal, o único que não se retirou e permanece até hoje quase dois meses depois. De lá para cá um só ritual. Durante a manhã inteira, o cachorro fica deitado ao lado do túmulo da sua melhor amiga sem os afagos de antes, mas, talvez, a crença de que ainda os terão.
Quando o sol esquenta, ele sai um pouco em busca de sombra na capela mortuária. Quem mora perto já sentiu o sofrimento daquele cão que abriu mão de um lar e optou por morar no cemitério. As pessoas, comovidas com a situação, oferecem água e alimentos e até já o rebatizaram dando-lhe o nome de "Poró". Sentindo a temperatura baixar e já estando alimentado, é hora de voltar para pertinho da sua dona e assim o faz para ali deitar e sentir o calor como se fora de Dona Francisca.
Da proximidade com o jazigo não sai mais e fica a noite inteira "dividindo" com a dona a temperatura amena e o silêncio da madrugada que invade o campo santo. O diretor do cemitério, Mailson de Souza, chama a atenção ainda para o fato do animal sempre se aproximar dos caixões que chegam à capela para sepultamento. Ele se aproxima, cheira e retorna para o seu lugar de origem.
As pessoas que moram perto aproveitaram a reportagem do Site Miséria para dirigir um apelo no sentido de que a carrocinha do Centro de Zoonoses jamais leve o animal das imediações do túmulo local que escolheu para viver até a morte pertinho de Dona Francisca. Afinal, ele ganhou um novo nome, descobriu gente solidária, recebe alimentos e água, mas não quer um novo dono, pois será eternamente da mulher que ali está sepultada.
Fonte: Portal Miséria
Nenhum comentário:
Postar um comentário