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segunda-feira, outubro 26, 2009

Acusado de triplo homicídio fez bilhete de despedida para o filho

Foto: Roberto Flávio
O auxiliar de garçom Antonio Gilvan dos Santos, de 24 anos, acusado de matar três pessoas no loteamento Nova República, na zona Norte de Natal, tinha feito um bilhete de despedida antes de tentar se suicidar. Ele afirmou, após ser preso na manhã desta segunda-feira (26), que só não se matou porque a corda arrebentou.
O cenário de suicídio, inclusive, tinha sido descoberto pela polícia na casa de Antonio, logo após o triplo homicídio, mas ele havia fugido. Com isso, passou a ser o principal suspeito. Depois de um trabalho de investigação, a Polícia Civil descobriu que o acusado tinha fugido para a cidade de Angicos-RN.

A partir daí, os policiais da Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), que estavam em Caraúbas-RN realizando outras diligências, foram designados para prender Antonio Gilvan. De acordo com o delegado Márcio Delgado Varandas, o acusado é de Caraúbas-RN e estava escondido em um sítio da cidade de Angicos-RN.

“Os próprios familiares deles haviam fugido do local, até por conhecer o passado de Antonio. Além disso, como ele chegou lá sem nada, os parentes desconfiaram que ele tivesse feito algo de errado”, contou o delegado. Márcio Delgado explicou ainda que em 2004, o auxiliar de garçom tinha matado a companheira por esganadura.

Por esse crime, foi condenado a sete anos de prisão e cumpriu três no regime fechado. Atualmente, encontrava-se no livramento condicional.
Na casa de Antonio, no loteamento Nova República, além do cenário de enforcamento, os policiais encontraram uma pequena caderneta em que ele tinha deixado uma despedida direcionada à Juliana e ao filho dele.



“Juliana, eu te amo para sempre. O mundo não tem pena de mim. Cuide do meu filho e ele de você, porque eu não vou ficar em paz sabendo que meu filhinho está sozinho. Mas, você não vai ficar sem o carro. Te amo meu filho”, escreveu Antonio.

Na manhã desta segunda, ele falou rapidamente com a imprensa e informou que Juliana é a mãe do seu filho. Para o delegado geral da Polícia Civil, Elias Nobre, o carro citado pelo acusado no bilhete pode ser a chave para desvendar a real motivação do crime.

“Ele descobriu que o pessoal estava juntando dinheiro para comprar um carro e, por isso, estamos investigando a possibilidade de latrocínio”, conta. Ainda segundo a polícia, Antonio Gilvan conhecia a família assassinada de Caraúbas-RN. Ele, inclusive, fazia refeições na casa onde o triplo homicídio aconteceu.Questionado pelo que teria motivado os assassinatos, o acusado se limitou a dizer que estava sendo ameaçado por Francisco de Assis Bezerra, 24 anos, uma das vítimas. Além dele, Antonio confessou ter matado Maria da Conceição Moura, 44, esposa de Francisco, e Francisca das Chagas Bezerra.
Fonte: nominuto.com

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